Mesquita de Bandiagra - Mali
Homem de coroa e mulheres da etnia dos dogons
fonte: www.ricardocosta.com
sábado, 29 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
cores e nomes hoje - oscar niemeyer - 100 anos
catedral de Brasília - obra de Oscar Niemeyer
Camus diz em O Estrangeiro que a razão é inimiga da imaginação. Às vezes, você tem de botar a razão de lado e fazer uma coisa bonita. (Oscar Niemeyer)
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha dura, ostensiva, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no leito sinuoso de seus rios, no corpo da mulher amada. (Oscar Niemeyer)
Camus diz em O Estrangeiro que a razão é inimiga da imaginação. Às vezes, você tem de botar a razão de lado e fazer uma coisa bonita. (Oscar Niemeyer)
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha dura, ostensiva, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no leito sinuoso de seus rios, no corpo da mulher amada. (Oscar Niemeyer)
sábado, 8 de dezembro de 2007
nomes - john lennon
Imagine
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today...
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
John Lennon
Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today...
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
John Lennon
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
nomes - heloneida studart
O PODER DESARMADO
Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os dois irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como nem com quem.
Eu tinha 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal de sua casa, para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo do médico registrou “vestígios himenais dilacerados” e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor para “se esquecer do mundo”. Esqueceu, morrendo tuberculosa.
Tais episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres. Antes, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas.
Transformaram os seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte-americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais. Substituíram os narizes, desviaram costelas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres as baixinhas, as gordas, as de óculos um sentimento de perda de auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria dos estudantes universitários (56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E no momento em que pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminizar o mundo para torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico, tão bem representado por pistolas, revólveres, punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é espada. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, dos exércitos regulares ou das gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como grande articuladora da paz. E para começar, queremos, neste mês de março, pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam lata d`água e trouxa de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram crianças, ao seu dorso que engrossou, porque ela carrega o país nas costas. São mulheres que imporão um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas. E puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e corações.
Heloneida Studart
publicado em fevereiro de 2001 no Jornal do Brasil
Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais virgem e os dois irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como nem com quem.
Eu tinha 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal de sua casa, para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo do médico registrou “vestígios himenais dilacerados” e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor para “se esquecer do mundo”. Esqueceu, morrendo tuberculosa.
Tais episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres. Antes, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas.
Transformaram os seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte-americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais. Substituíram os narizes, desviaram costelas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres as baixinhas, as gordas, as de óculos um sentimento de perda de auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria dos estudantes universitários (56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E no momento em que pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminizar o mundo para torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico, tão bem representado por pistolas, revólveres, punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é espada. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, dos exércitos regulares ou das gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como grande articuladora da paz. E para começar, queremos, neste mês de março, pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam lata d`água e trouxa de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram crianças, ao seu dorso que engrossou, porque ela carrega o país nas costas. São mulheres que imporão um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas. E puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e corações.
Heloneida Studart
publicado em fevereiro de 2001 no Jornal do Brasil
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
nomes - simeão cachamba
Xikalamidade
de Simeão Cachamba
Se um dia me viste a vagar as ruas da cidade
(qual molweni atribulado na sua vagabundagem)
o corpo constelado de remendos, quase seminu
todavia por todos poros respirando dignidade
hás-de me ver hoje envolto em nova embalagem
caso cruze denovamente a mesma esquina com tu
Não me pergunte o raio por que deixava eu esta
indumentária envelhecer lá bem no fundo do baú
Um pouco de bom-senso e apenas dois dedos de testa
e saberás que ninguém grama de andar com o corpo nu
Se antes de minhas foram alguém que eu desconheço
estas <> coçadas que ao meu corpo se ajustam bem
como se feitas por encomenda, com as medidas que eu meço
é porque em estado natural sempre iguais são os homens
polana/85
"XIKALAMIDADE: Xipamanine - mercado onde se vende grande quantidade de Calamidade - roupas doadas para os países do terceiro mundo, e que neste são comercializadas
MOLWENI: rapaz da rua"
Simeão Cachamba - poeta moçambicano
de Simeão Cachamba
Se um dia me viste a vagar as ruas da cidade
(qual molweni atribulado na sua vagabundagem)
o corpo constelado de remendos, quase seminu
todavia por todos poros respirando dignidade
hás-de me ver hoje envolto em nova embalagem
caso cruze denovamente a mesma esquina com tu
Não me pergunte o raio por que deixava eu esta
indumentária envelhecer lá bem no fundo do baú
Um pouco de bom-senso e apenas dois dedos de testa
e saberás que ninguém grama de andar com o corpo nu
Se antes de minhas foram alguém que eu desconheço
estas <> coçadas que ao meu corpo se ajustam bem
como se feitas por encomenda, com as medidas que eu meço
é porque em estado natural sempre iguais são os homens
polana/85
"XIKALAMIDADE: Xipamanine - mercado onde se vende grande quantidade de Calamidade - roupas doadas para os países do terceiro mundo, e que neste são comercializadas
MOLWENI: rapaz da rua"
Simeão Cachamba - poeta moçambicano
domingo, 2 de dezembro de 2007
sábado, 1 de dezembro de 2007
nomes - titãs
Comida
Bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comida
a gente quer comida, diversão e arte.
a gente não quer só comida,
a gente quer saída para qualquer parte.
a gente não quer só comida,
a gente quer bebida, diversão, balé.
a gente não quer só comida,
a gente quer a vida como a vida quer.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comer,
a gente quer comer e quer fazer amor.
a gente não quer só comer,
a gente quer prazer pra aliviar a dor.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer dinheiro e felicidade.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer inteiro e não pela metade.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
Titãs
Composição: Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito
Bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comida
a gente quer comida, diversão e arte.
a gente não quer só comida,
a gente quer saída para qualquer parte.
a gente não quer só comida,
a gente quer bebida, diversão, balé.
a gente não quer só comida,
a gente quer a vida como a vida quer.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comer,
a gente quer comer e quer fazer amor.
a gente não quer só comer,
a gente quer prazer pra aliviar a dor.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer dinheiro e felicidade.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer inteiro e não pela metade.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
Titãs
Composição: Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Brito
nomes - caetano veloso
Língua
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixe os portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua" Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer o que pode essa língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas
Vamos na velô da dicção choo choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E - xeque-mate - explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Adoro nomes, nomes em Ã
De coisas como Rã e Imã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier
Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé e Maria da Fé e Arrigo Barnabé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer o que pode essa língua?
Incrivel! É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco, Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo!
A língua é minha pátria e eu não tenho pátria: tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
Será que ela está no Pão de Açúcar?
Tá craude brô você e tu lhe amo
Qué queu te faço, nego?
Bote ligeiro
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
Caetano Veloso
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixe os portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua" Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer o que pode essa língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas
Vamos na velô da dicção choo choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E - xeque-mate - explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Adoro nomes, nomes em Ã
De coisas como Rã e Imã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier
Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé e Maria da Fé e Arrigo Barnabé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer o que pode essa língua?
Incrivel! É melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco, Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo!
A língua é minha pátria e eu não tenho pátria: tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
Será que ela está no Pão de Açúcar?
Tá craude brô você e tu lhe amo
Qué queu te faço, nego?
Bote ligeiro
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem
Caetano Veloso
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
nomes - chico buarque
A casa do Oscar
Poemas, testemunhos, cartas - 2000
A casa do Oscar era o sonho da família. Havia o terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e sai batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguazes, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquale casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando a minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é a casa do Oscar.
foto: sem crédito
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